A luta contra a Reforma da Previdência

ctb-contra-reforma-previdenciaIsso vai prejudicar os trabalhadores (as), tornar inatingível a aposentadoria, acabar com a previdência pública e beneficiar os mercados de planos de saúde e de previdência privada.

Na segunda-feira, dia 11/12, matéria publicada no jornal Tribuna da Bahia, intitulada “Construtoras fazem mobilização a favor da Reforma da Previdência”, informa que as 85 entidades filiadas à Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) passaram o último fim de semana em contato com deputados, para pedir a aprovação da proposta, enviada ao Congresso pelo presidente ilegítimo Michel Temer.

O presidente da entidade, José Carlos Martins, disse que vai pressionar os deputados a votarem a favor e o presidente da Comissão de Obras Públicas da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, chega a dizer que “eles colocam como condicionante para 2018” e “os que votarem contra não terão direito a espumante”, referindo-se à festa de confraternização de fim de ano da entidade.

Para o SINTRACOM-BA e os trabalhadores (as) da construção, essa declaração que é feita em tom de riso, na verdade é um escárnio, um deboche, uma manifestação de desdém, de menosprezo para com os direitos ameaçados dos trabalhadores (as). Estão zombando com a classe trabalhadora brasileira.

Isso não é nenhuma surpresa para nós, direção do SINTRACOM-BA e trabalhadores (as) da construção, porque os patrões sempre tiveram lado, o lado dos ricos.

Mas ficamos estarrecidos, porque mais uma vez os patrões, donos das construtoras, das empreiteiras, muitas delas envolvidas na Lava Jato, estão se deixando assediar por um governo que transforma o Congresso e o mercado num balcão de negócios, para se manter no poder. As construtoras envolvem-se de novo em uma coisa absurda e contra os trabalhadores (as), que sempre deram seu sangue e suor para enriquecer os patrões.

A Reforma da Previdência NUNCA, jamais será em benefício dos trabalhadores (as). Terá consequências muito mais nocivas aos trabalhadores (as), com prejuízos para todos, principalmente para as mulheres trabalhadoras.
O que o governo do presidente ilegítimo Michel Temer pretende não é uma reforma da previdência. Ele quer acabar com a previdência pública, tornar a aposentadoria inatingível para a maioria da população. Na verdade, isso vai beneficiar os bancos e as empresas de planos de saúde e de previdência privada

E a direção do SINTRACOM-BA, juntamente com as entidades que defendem os trabalhadores (as) da construção e a classe trabalhadora, FETRACOM-BASE, FLEMACON, CONTRICOM, CTB, UITBB e FSM convocam o povo e os trabalhadores (as) a se UNIR, RESISTIR e LUTAR até a vitória, até que nossos direitos sejam respeitados e garantidos pela Constituição Federal de 1988 e a CLT.

QUEM LUTA, CONQUISTA!

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A Reforma da Previdência que Temer ameaça votar até dia 19 e volta atrás, dizendo que será em fevereiro, mas o seu aliado, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que vai tentar votar até o último dia antes do recesso de final de ano, que é dia 22/12.

O mercado dos planos de saúde e de previdência privada, que hoje já é altamente lucrativo, com a reforma da previdência vai ampliar mais ainda, com lucros imensos. Para que isso aconteça, o governo e o mercado entendem que é preciso tornar inviável o acesso dos trabalhadores (as), destruir a Previdência Social pública, como temos hoje, desamparar os beneficiários, acabar com a credibilidade do sistema, para que os beneficiários sintam-se desamparados e migrem para o consumo de planos de saúde e de previdência privada.

Atualmente, quase 60% da população economicamente ativa tem renda de até dois salários mínimos; cerca de 11% não têm nenhum tipo de rendimento e isso tende a aumentar, com o crescimento do desemprego. Quantas pessoas terão condições de pagar planos de saúde e de previdência privada?

A Reforma da Previdência vai tornar quase impossível a aposentadoria integral, cuja exigência é de 49 anos de contribuição, com um mínimo de 25 anos de contribuição, para receber o benefício proporcional.

Isso para os trabalhadores (as) da construção é impossível. Nós somos uma categoria que, muitos poucos conseguem se aposentar por tempo de serviço. A maioria é por invalidez, quando consegue sobreviver ao trabalho duro, que gera doenças incapacitantes, e acidentes de trabalho, inclusive com alto índice de risco e mortalidade.

Vai aumentar a exclusão das mulheres do mercado de trabalho e os casos de assédio moral e violência contra as mulheres, que têm têm taxa de desemprego mais elevada e recebem salários inferiores. A Reforma da Previdência do presidente ilegítimo Temer, vai provocar o aumento das desigualdades no mercado de trabalho, reduzir a oferta de emprego para as mulheres e, consequentemente, vai aumentar a dependência financeira e a violência contra as mulheres.

Vai aumentar a miséria da população, quando propõe reduzir o valor das pensões por morte e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para valores inferiores, podendo pagar às viúvas e viúvos míseros 60%  do Salário Mínimo.

Vai aumentar a fome, a evasão escolar e, consequentemente, a criminalidade. Vai desamparar os idosos. Sem a Previdência pública, mais de 70% dos idosos vão parar na pobreza extrema, miséria absoluta, vão depender da caridade alheia. A aposentadoria atualmente é a principal fonte de renda de muitas famílias. Com a exclusão, as consequências serão devastadoras, principalmente para as crianças, jovens e idosos, que serão vítimas da fome e desnutrição.

A Reforma da Previdência, na verdade  pretende acabar com a organização social que conquistamos, a partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988. O povo, os trabalhadores (as), vão perder as garantias mínimas de sobrevivência, principalmente nos períodos em que precisamos mais, na velhice.

Fonte: Justificando, Carta Capital, Agência Brasil e Tribuna da Bahia.

Clique aqui e leia a matéria completa da Tribuna da Bahia

 


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Mery Bahia