Viva o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher!

Neste 08/03, a diretoria do  SINTRACOM-BA, através da Comissão de Mulheres, saúda as companheiras trabalhadoras do ramo da construção e todas as mulheres que, com sua presença forte e de luta, ajudam a avançar e construir mudanças para um mundo melhor, com igualdade de direitos, justiça social, sem discriminação, sem racismo e sem preconceitos.

E convoca todas e todos para a celebração do Dia Internacional da Mulher, 8 de Março.

Marcha #8M, Vivas, Livres e Sem Medo: Mulheres pelo Fim do Feminicídio, Pelo Direito à Cidade e Pelo Bem Viver! Dia 8 de Março, neste sábado, concentração às 14h, do Cristo da Barra até o Farol.

Vamos marchar pela vida de todas as mulheres. Com alegria e muita luta!

A história da luta

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é celebrado em todo o mundo,  pelo fim da violência contra as mulheres, pela igualdade de direitos, respeito à autonomia das mulheres sobre o próprio corpo, contra o assédio sexual e moral, contra o machismo, o racismo, a homofobia e a opressão de gênero.

A data é resultado de anos de lutas históricas por igualdade de direitos, redução da jornada de trabalho, contra a discriminação e os preconceitos.

No dia 8 de março de 1857, na Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, 129 operárias paralisaram as atividades, reivindicando a redução da jornada de trabalho, na primeira greve de mulheres nos EUA.

E foram violentamente reprimidas pela polícia e os patrões, que trancaram os portões da fábrica e atearam fogo. Morreram asfixiadas e carbonizadas, no local de trabalho.

Na II Conferência Internacional de Mulheres, em 1910, na Dinamarca, a socialista Clara Zetkin propôs que o 8 de março fosse declarado o Dia Internacional da Mulher.

Feminicídio: Os números da violência contra a mulher

A violência contra a mulher é reflexo de uma sociedade que cultivou, durante os séculos, a ideia de que as mulheres são inferiores e devem ser submissas e e obedecer às ordens e vontades dos homens.

Ainda hoje, século 21, há vários casos em que a mulher, vítima de agressão, assédio, estupro ou feminicídio, é apontada como culpada pela violência que sofreu: estava com roupa sexy, bebeu demais, saiu com o cara e depois não quis transar, não aceitou reatar o relacionamento etc. É preciso que entendam: quando a mulher diz não, é não.

A violência contra a mulher pode ser física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. A maioria dos agressores e abusadores estão na própria família.

Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, crescimento de 1,6%, em relação a 2022, quando o então presidente Bolsonaro apoiava o machismo, a misoginia, o racismo, a homofobia e todo tipo de preconceito.

A região sudeste apresentou a maior taxa de crescimento dos feminicídios em 2023, com variação de 5,5%, passando de 510 vítimas em 2022 para 538 em 2023.

Na Bahia, foram registrados 108 feminicídios em 2023. Acontece um feminicídio a cada três dias e, em cada cinco mortes violentas de mulheres, duas são feminicídios. Com arma branca (faca) 46,6%, arma de fogo 28,5%.

Perfil da maioria das vítimas: 30 a 49 anos; pretas e pardas; assassinadas pelos próprios companheiros. Dados são do Grupo de Trabalho sobre Feminicídio na Bahia.

Leis de proteção à mulher e punição aos criminosos

Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) sancionada pelo presidente Lula, em 7 de agosto de 2006. Prevê punições para crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher: prisão, multa, perda de poder familiar e de cargo público.

Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15) sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, em 9 de março de 2015. Feminicidio é o assassinato de mulheres por serem mulheres, violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Em 9 de outubro de 2024, o presidente Lula sancionou a Lei 14.994/24, ampliou para até 40 anos a pena para o crime de feminicídio.

Disque para denúncia anônima: 180 violência contra as mulheres; 100 contra idosos, crianças e adolescentes; 190 situações de emergência.

 


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Mery Bahia