Revoltados com os constantes atrasos de salários e benefícios determinados pela Convenção Coletiva de Trabalho, trabalhadores (as) da empresa Água Forte Saneamento Ambiental, prestadora de serviços à concessionária de água e saneamento Embasa, paralisaram as atividades no dia 1º/12, no canteiro localizado em Lobato. A direção do SINTRACOM-BA cobrou da empresa o cumprimento da CCT e pagamento dos direitos.
A paralisação que foi motivada pela falta de pagamento das cestas básicas, almoço, café da manhã, vale transporte, ticket alimentação, horas extras, não instalação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, atrasos frequentes de salários e não-pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário (que seria até dia 30/11).
E mais: deve fornecer dois fardamentos, mas só fornece um, e os trabalhadores (as) reclamam do não-cumprimento dos protocolos de prevenção à Covid-19, conforme acordo assinado pela entidade patronal Sinduscon, com o SINTRACOM-BA e a FETRACOM-BASE. Não tem termômetro para verificar a temperatura dos empregados, não fornece álcool-gel, só dispõe de um recipiente no relógio de ponto, mesmo assim de forma precária, fica constantemente vazio. A empresa diz que fornece máscaras, mas os operários negam.
O diretor do Sindicato, Nilton Luz (Galego), informou que a Água Forte já tem três meses de contrato com a Embasa e ainda não se adequou à CCT. E alertou que o cumprimento dos protocolos da Covid-19 é uma necessidade, uma questão humanitária.
Só depois da cobrança do SINTRACOM-BA e da mobilização dos trabalhadores (as), a empresa pagou a primeira parcela do décimo terceiro salário e o ticket alimentação, no mesmo dia, 1º/12. E também resolveu a questão do fornecimento do almoço e do café da manhã.
Os responsáveis se comprometeram em pagar os salários e a cesta básica no quinto dia útil do mês. E de resolver até o dia 15/12 as demais questões: pagamento de horas extras, vale transporte, segundo uniforme, instalação da CIPA e pagamento do ticket plantão.
A Água Forte substituiu a empresa Porto Fino no contrato com a Embasa. E tem canteiros nos bairros de Lobato e Santa Mônica. A paralisação ocorreu somente no canteiro do Lobato.
A direção do SINTRACOM-BA vai acompanhar essa questão, para garantir que a empresa respeite a CCT e pague os direitos dos trabalhadores (as)
Publicado por: Mery Bahia – Jornalista