Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil: Por que a erradicação pode melhorar a vida do país?

rogerio-ato-alesp-estudantesAlém de ser o Dia dos Namorados, o domingo (12) marca uma data ainda mais importante. É o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, instituído pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), desde 2002, quando foi apresentado o primeiro relatório sobre o tema na Conferência Anual do Trabalho e constatou-se a exploração de milhões de crianças e adolescentes no mundo todo.

Já em 2007, o governo brasileiro determinou o 12 de junho com o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, com grandes mobilizações e campanhas para extinguir essa prática no país, onde mais de 7 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos eram explorados.

Além desses dados aterradores, os ativistas dos direitos da infância e da juventude prestaram uma homenagem à menina Marielma de Jesus Sampaio, de apenas 11 anos. Entregue pela família para ser babá do bebê de um casal em Belém do Pará.

Reportagem de Fernanda da Escóssia para a BBC Brasil lembra que a criança foi “torturada, estuprada e morta pelos patrões, em 2005, em caso que se tornou símbolo da luta contra trabalho infantil no Brasil”.

O “laudo médico apontou costelas quebradas, rins e pulmões perfurados, além de cortes e queimaduras. O exame também indicou sêmen no corpo da menina, indício de violência sexual”, denuncia Fernanda. O casal foi condenado, mas quem restitui a vida de Marielma?

“Situações como a dessa garotinha ocorrem no Brasil, porque as famílias pensam que estão fazendo um bem para suas filhas e acabam por entregar essas meninas para serem exploradas”, realça Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).


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Mery Bahia