Unidade, mobilização e resistência foram os sentimentos que nortearam a reunião da centrais sindicais (CTB, UGT, CSP – Conlutas, CUT, Força Sindical, Nova Central e CSB) na manhã desta quinta-feira (23), na sede da UGT, em São Paulo. As centrais se reuniram para seguir na luta contra a retirada de direitos promovidas pelo governo, que está traduzida em propostas como o Lei da Terceirização Irrestrita (PL 4.302/98, aprovado nesta quarta) e as reformas da Previdência e Trabalhista.
Há consenso de que a classe trabalhadora está sofrendo um ataque sistêmico, que tem como objetivo mergulhar a classe trabalhadora em um ambiente de retrocesso, precarização e escravidão moderna.
Leia abaixo a íntegra a Nota das centrais sindicais.
A terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão
É inaceitável!
O projeto de terceirização, PL 4302/98, aprovado nesta quarta-feira, dia 22, é um retrocesso e acaba com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Com mais de 12 milhões de desempregados, o trabalhador não pode ser ainda mais penalizado pelo governo para resolver a grave crise político/econômica do País.
Essa terceirização promove uma reforma trabalhista e sindical. Aumenta a insegurança jurídica, acaba com os direitos trabalhistas, divide as categorias e permite que o setor patronal faça o que bem entender com os sindicatos dos trabalhadores.
O trabalhador ganhará menos, trabalhará mais e ficará exposto a acidentes de trabalho. O governo Temer e o Congresso Nacional atendem somente a interesses da classe empresarial.
As centrais sindicais condenam o projeto da forma que foi aprovado. Seguiremos firmes na organização de nossas bases, cobrando a abertura de negociações e a manutenção da proibição de terceirização na atividade fim.
As centrais sindicais reinteram todos os esforços de mobilização dos trabalhadores.
Adilson Araújo
Presidente da CTB
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Vagner Freitas
Presidente da CUT
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central
Antonio Neto
Presidente da CSB
Fonte: Portal CTB