20/11 – Dia da Consciência Negra: Viva Zumbi!

SINTRACOM-BA e FETRACOM-BASE, na 40ª Marcha da Consciência Negra
11ª Lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé.

 

11ª Lavagem da estátua de Zumbi, a deputada Olívia Santana ao centro.
11ª Lavagem da estátua de Zumbi, com o vereador Hélio Ferreira no centro.

 

“Toda consciência negra será necessária, enquanto a consciência humana for preconceituosa e racista”

Com a temática “Em Defesa da Vida da População Negra: Contra a Política de Morte do Governo Bolsonaro”,   a UNEGRO – União de Negras e Negros Pela Igualdade realizou hoje, pela manhã, na Praça da Sé, Centro Histórico, a 11° Lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares, com a participação de diretores do SINTRACOM-BA e da FETRACOM-BASE.
Após à glorificação, houve apresentação com a Banda Didá, ABC do Samba e a Banda Tambores de Búzios.
Na  sede do  Ylê Aiyê, em frente à Senzala do Barro Preto, no Curuzu, acontece à tarde a 19ª Caminhada da Liberdade.
A 40ª Marcha da Consciência Negra Zumbi e Dandara acontece a partir das 15 horas, numa caminhada do Campo Grande até a Praça Castro Alves. O ato é promovido pela Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e pela Coalizão caminhada.

As celebrações do 20 de novembro surgiram nos anos 1970, no âmbito das lutas dos movimentos sociais contra o racismo.

Foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), que sancionou a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, determinando a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar. E estabeleceu que as escolas iriam comemorar a consciência negra.

“Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.” 

Foi somente no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff e através da Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, que a data foi oficializada e criado o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra”, sem obrigatoriedade de que fosse feriado.

Atlas da Violência 2018

No Brasil há dois países: para negros, os assassinatos crescem 23%. Para brancos, ps assassinatos caem 6,8%”. Trata-se de um índice persistente.

Por isso o 20 de novembro é dia de reafirmar a resistência!

Filho de africanos escravizados, Zumbi dos Palmares nasceu no Quilombo dos Palmares, foi educado por um sacerdote e depois retornou. Foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, no atual estado de Alagoas, no período colonial.

Lutou para que o quilombo não fosse destruído pelos colonizadores que consideravam um perigo aquela reunião de negros libertos.

Em 1695, com 40 anos, Zumbi foi assassinado pelo capitão Furtado de Mendonça, a mando de Domingos Jorge Velho. Foi decapitado e sua cabeça levada para Recife onde ficou exposta em praça pública.

 

 

Atualizado por Assessoria de Imprensa: às 17h42; 17h52; e 18h07.

 


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Mery Bahia