As mulheres pretas ocuparam e encheram de alegria e resistência as ruas do centro de Salvador, para celebrar hoje, 25/07, o Dia Internacional da Mulher Negra Afro, Latino-Americana e Caribenha.
A Marcha das Mulheres Negras da Bahia por Reparação e Bem Viver saiu da Piedade e foi até o Terreiro de Jesus, com a forte presença das trabalhadoras da construção, representadas pelas companheiras Lúcia Maia diretora do SINTRACOM-BA e presidente da FLEMACON e Sonia Maria diretora de Mulheres do SINTRACOM-BA.
A Marcha faz parte da agenda coletiva da 12ª edição do Julho das Pretas, que reúne as companheiras nesse dia de luta e resistência, regado com declamação de poesias, cantorias e, claro, não pode faltar a falação sobre as bandeiras de luta e os motivos de estarem em marcha contra o racismo, o machismo, a misoginia, a homofobia, o assédio moral e exista, e todo tipo de preoconceitos. E em defesa dos direitos trabalhistas e sociais, por reparação e pelo bem viver.
A CTB Bahia levou a palavra de ordem “Saia de baixo com seu preconceito que a gente vai construir um mundo melhor. No Julho das Pretas: viva as trabalhadoras negras, latino-americanas e caribenhas”.
De acordo com a organização do movimento, o objetivo é o fortalecimento das mulheres, numa ação coletiva de superação das desigualdades de gênero e de raça, colocando a mulher negra na centralidade do debate.
A marcha marcha é composta por movimentos e coletivos de Salvador e do interior. O Julho das Pretas é organizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Rede de Mulheres Negras do Nordeste, a Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira e outras organizações de mulheres negras, ou comprometidas com a luta pelo fim do racismo e do sexismo.
A presidenta da CTB Bahia, Rosa de Souza, ressaltou:
“Racismo e preconceito afligem as mulheres negras no mercado de trabalho e outros espaços. Com os nossos sindicatos, temos desenvolvido ações nas categorias e garantido cláusulas nas convenções coletivas que buscam reduzir esses problemas nas empresas. Os desafios são grandes para construirmos um País mais justo. Por isso, estaremos sempre participando dessa luta”.
A secretária estadual de Promoção da Igualdade, Ângela Guimarães, disse:
“É uma data para recordar, celebrar e homenagear a força e a resistência de mulheres negras que, ao longo da história, enfrentaram e continuam enfrentando diversas formas de opressão”.
(Com informações de Mery Bahia assessora de Imprensa do SINTRACOM-BA e Cláudio Mota assessor de Imprensa da CTB)
Confira algumas fotos:
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