QG não respeita direitos dos trabalhadores em obra da Prefeitura, em Castro Alves

Diretor Marcos César
Presidente Carlos Silva

O presidente Carlos Silva e o diretor Marcos César visitaram nesta terça-feira, 3 de setembro, a obra da empresa QG Engenharia, de construção da Escola Municipal no povoado de Petim, no município de Castro Alves.

A obra tem 36 trabalhadores, parte dos trabalhadores está sem carteira assinada, a empresa não fornece café da manhã, nem almoço. E ainda faz distinção entre os trabalhadores, que uns têm direitos e outros não. Na questão da segurança, a QG também falha: tem betoneira sem cobertura e operário trabalhando em altura sem cinto de segurança, sem linha de vida, que é uma exigência das Normas de Segurança no trabalho.

O diretor Marcos César falou com os trabalhadores: “Desde ontem estamos percorrendo essa região do Recôncavo vendo as obras. Fomos em Terra Nova, Teodoro Sampaio, Sapeaçu. Nós estamos aqui com o presidente do Sindicato SINTRACOM-BA, Carlos Silva, acompanhando as obras e detectamos alguns problemas. Primeiro, recebemos a denúncia, antes de chegar aqui, que é um local mais escondido, não é na rua principal. E eu quero pedir, quando tiver essas obras num local escondido, que vocês entrem em contato com o SINTRACOM-BA, que a gente vem fazer a visita”.

O presidente Carlos Silva esclareceu a situação aos trabalhadores e questionou a empresa QG Engenharia por não respeitar os direitos que constam da Convenção Coletiva de Trabalho, assinada pelos trabalhadores e também os representantes dos patrões. Além disso, como a obra é do município, cobra a responsabilidade da Prefeitura.

Carlos explicou: “Nós estamos passando para ver as obras do município e a QG, infelizmente, é “useira e vezeira” (tem o costume), de contratar trabalhadores sem carteira assinada e sem a preocupação com a segurança no trabalho. A betoneira não tem cobertura e tem que ter, os que vão trabalhar no telhado em altura sem o cinto de segurança, sem linha de vida, e a NR (Norma de Segurança) exige. E infelizmente aqui não está cumprindo isso”.

O presidente do SINTRACOM-BA assegurou: “Vamos conversar também com o Secretário de Obras de Castro Alves, porque aqui é uma obra do município de Castro Alves, e a Prefeitura também tem responsabilidade com os trabalhadores. Quando contrata uma empresa, tem que dar esse suporte, ver como está o andamento da obra. Infelizmente, aqui não tem acontecido isso. Por ser uma obra do povoado, do distrito, da cidade, eles querem tocar de qualquer forma e nós, do SINTRACOM-BA, estamos aqui para fazer com que a empresa cumpra a lei”, disse.

Carlos Silva falou com os trabalhadores sobre a importância do SINTRACOM-BA: “O Sindicato não vem cobrar nada mais, nada menos do que é acordado entre o sindicato patronal (que é dos empresários) e o sindicato laboral, que é o nosso SINTRACOM-BA, o sindicato dos trabalhadores. Às vezes alguém fala que sindicato não presta. Se sindicato fosse ruim, o patrão não teria um sindicato. Mas, os patrões têm um sindicato, que trata dos interesses das empresas. E nós, trabalhadores, também temos o nosso Sindicato, que é o SINTRACOM-BA, para buscar solução para os problemas que temos nas obras”.

O presidente do SINTRACOM-BA, Carlos Silva, fez uma análise profunda sobre a situação de exploração e discriminação a que os trabalhadores estão submetidos: “A gente vê aqui a forma como está sendo tocada a obra, bem feita, bem construída, para formar pessoas. É uma escola para educar as crianças, que são o futuro do Brasil. Infelizmente, as empresas nem sempre valorizam o trabalho, o esforço e a dedicação do trabalhador para fazer um trabalho bem feito. E a empresa não fornece café da manhã, não fornece almoço e ainda faz distinção, de que uns têm direitos e outros não. Onde é que a empresa achou isso? Que uns trabalhadores têm direito à alimentação e outros não. Se vocês fazem o mesmo trabalho, de onde é que a empresa tirou isso? Da exploração, de explorar a mão de obra de vocês”.

E afirmou que o SINTRACOM-BA está cobrando uma solução imediata da empresa QG e também da Prefeitura”.

Estamos de olho. Desse jeito não pode ser.
A luta é como o tempo, não para.

Veja os vídeos abaixo e saiba mais no Instagram do SINTRACOM-BA @sintracomba.

https://www.instagram.com/reel/C_d5sTdJMWc/?igsh=MXUyajdyZGY0NTNyeA==


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Mery Bahia