Concretomixx: Trabalho análogo à escravidão em obra do governo da Bahia, em Ituaçu

 

Há três semanas, diretores do SINTRACOM-BA visitaram o canteiro de obras do Governo da Bahia, de construção da Unidade Escolar de Tempo Integral, no município de Ituaçu, localizado no Sudoeste do estado, na Serra Geral, constataram várias irregularidades e notificaram a empresa Concretomixx para a correção dos problemas.

No dia 16/09, diretores do SINTRACOM-BA retornaram e verificaram que nada foi resolvido, as irregularidades continuavam: a empresa Concretomixx não fornece café da manhã, almoço, cesta básica, vale transporte, não tem refeitório, área de vivência, sequer dispõe de armários para a guarda de pertences dos trabalhadores (as).

A situação é muito precária, o salário é abaixo do piso salarial da categoria, as carteiras profissionais não foram assinadas (de nenhum dos empregados), todos trabalham na ilegalidade. Esse tipo de trabalho tem nome: é análogo (igual) à escravidão. Isso é inadmissível que esteja ainda acontecendo, em pleno século 21.

Diretores do SINTRACOM-BA reclamaram foram ameaçados de morte pelo encarregado da obra, de prenome Renato, que chegou a puxar uma faca.

O SINTRACOM-BA faz um alerta ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues: o governo deve ter mais atenção para as empresas que participam e vencem licitações para executar obras no estado, sem respeitar a legislação trabalhista e a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, que determinam o cumprimento de todos os direitos acima listados.

O diretor Nilton Luz, um dos diretores do SINTRACOM-BA que foram ameaçados no canteiro da Concretomixx, falou revoltado: “Nós vamos na polícia denunciar que ele puxou uma faca. Isso é tentativa de homicídio com o dirigente sindical. Tentativa de homicídio com o dirigente sindical”.

“O SINTRACOM-BA está levando o problema para que a empresa resolva. O trabalhador não pode trabalhar o dia todo sem alimentação, sem café da manhã, sem almoço, sem transporte, sem nada. Não pode submeter os trabalhadores (as) ao contrato por obra certa, sem contrato, sem direito nenhum”, disse Nilton Luz.

No dia 17/09, os trabalhadores (as) decidiram paralisar as atividades e aguardar na porta do canteiro, junto com os diretores do SINTRACOM-BA, aguardando a presença do responsável pela Concretomixx para regularizar a situação dos trabalhadores (as).

O encarregado da obra continuou com sua arrogância fazendo ameaças aos diretores do SINTRACOM-BA e também aos trabalhadores (as).

Confiram nos vídeos abaixo:

 

 


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Mery Bahia