Tribuna da Bahia: ‘Retorno do Minha Casa anima a construção civil’

Texto de Adilson Fonseca

Ainda não deu para soltar os foguetes, mas os empresários da construção civil na Bahia já comemoram a volta dos investimentos e, consequentemente da geração de empregos com o anúncio do Governo Federal, na semana passada, da retomada do programa Minha Casa Minha Vida, que deverá ter, em todo o País, aproximadamente 40 mil unidades voltadas para a faixa 1,5, que seria aquela destinada ás famílias com renda em torno de R$ 1.200 a até R$ 2.350.

“As empresas já estão prontas, com projetos engatilhados e com terrenos prontos p ara as obras. Resta apenas a Caixa definir os critérios do financiamento para que se inicie o processo de construção”, comemorou o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi) Luciano Muricy Fontes. Ele disse que a faixa de 1,5 do programa Minha Casa Minha Vida tem demanda suficiente para absorver as quatro mil unidades que deverão ser construídas na Bahia.

Na última quinta-feira, em Brasília, mais de 800 representantes da indústria da Construção Civil de todo o País se reuniram com o presidente interino Michel Temer para debater a crise no setor. O encontro para discutir estratégias viáveis para o resgate do crescimento e dar apoio às medidas aplicadas pelo governo que levem à retomada dos investimentos no setor.

Foi proposta a criação de um fórum permanente de diálogo entre a Presidência da República e representantes da construção civil, mas o mais importante foi o anúncio de que o Governo federal vai contratar 40 mil unidades populares da faixa 1,5 do Programa Minha Casa Minha Vida, que atende famílias com renda de até R$ 2.350,00, com subsídio de até R$ 45 mil. “Nesse período difícil, é importante que sejam definidas propostas para alavancar a construção civil que é uma dos que mais emprega e contribui para movimentar a economia do País”, afirma Muricy Fontes.

Faixa/renda
O Programa Minha Casa Minha Vida é dividido em três faixas de renda. A primeira delas é destinada a famílias com renda de até  R$ 1.800,00: para a sua família, a Caixa oferece ainda mais vantagens. Conte com um financiamento em até 120 meses, com prestações mensais de 5% da renda bruta da família, sendo o valor mínimo da parcela de    R$ 25,00.

O Faixa 2, destinado a famílias com renda entre R$ 2.351,00 e 3.600,00, e o Faixa 3 é destinado a famílias com renda bruta mensal acima de R$ 3.600,00 e até R$ 6.500,00, com condições especiais de taxas de juros até 8,16% ao ano A Faixa 1,5, é destinada a famílias que têm renda entre R$ 1.200 a R$ 2.350, com subsídios de até R$ 45 mil. “É essa faixa que estava faltando e que vai permitir a alavancagem do setor”, disse Muricy.

Conforme explicou o presidente da Ademi, na Faixa 1, voltada para as famílias de baixa renda, os apartamentos têm preço médio de R$ 70 mil. Já na faixa 2 esse valor aumenta para 120 mil em média, e na faixa 3 pode chegar a R$ 180 mil. Na faixa 1,5, os imóveis têm preço intermediado entre as faixas 1 e 2 e as famílias têm o perfil de renda que se enquadra no programa, havendo, segundo avaliação da Ademi, uma grande demanda no mercado imobiliário.

No encontro em Brasília, o Governo Federal se comprometeu a contratar até 40 mil unidades habitacionais, com investimentos da ordem de R$ 3,8 bilhões até o final deste ano.

Para o próximo ano, foi apresentado aos empresários do setor, uma projeção de  orçamento de R$ 7 bilhões de recursos do FGTS para novas contratações, fixando como meta a contratação de 600 mil unidades.

O Governo Federal definiu ainda que a Faixa 1 do MCMV, além das 4.232 unidades que já foram contratadas este ano, também irá retomar outras 10.609 unidades habitacionais desse segmento do programa que estavam paralisadas. A decisão do governo é de, primeiro, terminar as obras de casas e apartamentos que estão paradas.

Ao todo, 35 mil unidades dessa faixa estão nessa situação. A previsão é que as obras sejam concluídas em até sete meses. ”Claro que o processo de retomada das obras e do emprego é gradual, mas é uma notícia boa, pois está embasada em ações concretas que nos permitem comemorar”, disse Luciano Muricy.


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Mery Bahia