Vitória da luta: Trabalhadores (as) ocupam as ruas e Reforma da Previdência é suspensa

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SINTRACOM-BA na luta em defesa da aposentadoria e contra a reforma da previdência

No Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Aposentadoria, 19/02, em que o país foi tomado por manifestações contra a votação da Reforma da Previdência, o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou a suspensão total da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência da agenda do Congresso Nacional, até o final do ano. 

O dia de luta foi convocado pela Frente Brasil Popular e mobilizou milhares de trabalhadores (as) da ativa e aposentados em todo o país. Em Salvador, o SINTRACOM-BA participou das manifestações, pela manhã no Iguatemi e à tarde no Campo da Pólvora, com a FETRACOM-BASE, a CTB, Sindicatos de diversas categorias e entidades dos movimentos sociais. 

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Diretores do SINTRACOM-BA na manifestação, no Campo da Pólvora

Para Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, a medida representa uma vitória do movimento social. 

“Por dois anos tentaram votar a Reforma da Previdência, mas a resistência do povo não permitiu. É uma vitória, mas não podemos baixar a guarda, temos que continuar mobilizados”, diz Vasconcelos, que tem visitado alguns canteiros, com a direção do SINTRACOM-BA, para explicar aos operários (as) os prejuízos das medidas de Temer à categoria. 

Para José Ribeiro, presidente do SINTRACOM-BA, a retirada da PEC da pauta do Congresso “é uma estratégia do governo, que não tem votos para ganhar”. Ele alerta os trabalhadores (as) da construção: “Temos que ficar de olho nos parlamentares que votaram a favor da Reforma Trabalhista, que retirou direitos e prejudicou muito nossa categoria.  Esses mesmos iriam votar na Reforma da Previdência e só não votaram por causa da pressão popular”. 

Intervenção no Rio: jogada para encobrir falta de votos 

O senador Eunício Oliveira alega que “nenhuma PEC tramitará”. A suspensão deve-se ao “mandamento constitucional no Artigo 60, item 1º, que determina que em estado de sítio, em estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não haverá mudança na Constituição”, referindo-se à intervenção militar, no Rio de Janeiro. 

Em matéria publicada no portal Vermelho, o consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho, avaliou que “a pressão do movimento social foi determinante para a derrota do governo. E a intervenção federal no Rio de Janeiro é uma jogada (do governo) para encobrir a própria incapacidade de reunir os votos para aprovar a Reforma da Previdência”. 

CTB alerta: é preciso manter a vigilância

O presidente da CTB, Adilson Araújo, ressalta que é fundamental dialogar com o povo sobre a importância da previdência social: “É o nosso maior programa de distribuição de renda e um dos maiores do mundo. Quando o trabalhador adoece, não é o patrão que paga o tratamento, são os recursos da seguridade social. Quando o trabalhador está desempregado é a previdência que vai garantir o seguro-desemprego”.

Adilson Araújo alerta que “a vitória deixa o movimento sindical de cabeça erguida, mas é preciso manter a vigilância. Não podemos dar a matéria por vencida”.

A LUTA É COMO O TEMPO, NÃO PARA!

FORA TEMER!

NENHUM DIREITO A MENOS!

QUEM LUTA, CONQUISTA!

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Diretores do SINTRACOM-BA com o presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, na obra do Atacarejo, em Pernambués

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Mery Bahia