Reunidos em assembleia geral nesta quinta-feira (07/03), no início da noite, no Largo de São Bento, trabalhadores e trabalhadoras da construção aprovaram a proposta patronal de reajuste salarial de 4,40%, referente à inflação do período (3,71%), mais ganho real variável.
O presidente do SINTRACOM-BA, Carlos Silva, fez a abertura da assembleia, convocada pelo Sindicato e a FETRACOM-BASE, e declarou que a negociação com o patronal foi dura, mas com “firmeza conseguimos garantir o reajuste com ganho real”.
O diretor Raimundo Brito também falou sobre a negociação vitoriosa da Campanha Salarial 2024 e das expectativas de melhorias para os trabalhadores (as), com o governo progressista de Lula.
E lembrou que, desde 2017, a categoria não fechava um acordo com reajuste e ganho real, em função dos ataques aos direitos trabalhistas e à perseguição aos Sindicatos, promovidos pelos governos do atraso (Temer e Bolsonaro).
Brito ressaltou as lutas e conquistas históricas da categoria: café da manhã, alimentação, cesta básica, ticket refeição, aviso prévio indenizado, dentre outras, que até hoje algumas categorias ainda não conseguiram. E convocou os trabalhadores (as) à luta para retomar os direitos retirados.
A presidenta da CTB, Rosa Souza, parabenizou a categoria por ter conquistado o reajuste com ganho real. E lembrou que desde pequena frequentava as assembleias, acompanhando seu pai, Washington Souza, que foi presidente do SINTRACOM-BA. Falou também da retomada positiva das obras do programa Minha Casa Minha Vida, pelo governo Lula, que vão possibilitar o aumento do emprego na construção civil.
O vereador de Salvador, Augusto Vasconcelos, também presente na assembleia falou, entusiasmado, sobre a força que os trabalhadores (as) da construção têm para lutar e resistir. Parabenizou a categoria pela conquista do reajuste com ganho real e colocou seu mandato à disposição.
O presidente da FETRACOM-BASE, Edson Cruz, explicou como foi a negociação e fez um relato sobre as assembleias que estão acontecendo nos Sindicatos do interior do estado, todas aprovando o reajuste proposto pelo patronal. Lembrou que este ano foram negociadas apenas as cláusulas econômicas da CCT e que em 2025 todos as cláusulas serão revistas. “Vamos precisar de muita luta para avançar nas conquistas”, disse.
O presidente Carlos Silva retomou a palavra e leu para os trabalhadores e trabalhadoras presentes a proposta patronal de reajuste salarial de 4,40%, incluindo a inflação do período e ganho real, sobre os salários praticados em fevereiro 2023, para os salários até R$ 3.950,29, retroativo a 01/03/2024.
Para os salários acima de R$ 3.950,29, praticados em fevereiro de 2023, será adicionado o valor de R$ 173,81, retroativo a 01/03/2024. Os trabalhadores (as) abrangidos pelos pisos salariais receberão abonos retroativos a janeiro e fevereiro/2024, na folha de competência março/2024. Para não abrangidos pelos pisos, também será pago um abono salarial variável, na folha de março/2024.
Foram apresentadas aos trabalhadores (as) as tabelas de Pisos Salariais e dos abonos. E também a taxa assistencial, incluída no acordo.
Outros reajustes:
Cesta básica será de R$ 213,42;
Ticket refeição será de R$ 21,39;
Auxílio Filho Excepcional R$ 547,29.
A proposta foi colocada em votação e os trabalhadores (as) presentes na assembleia aprovaram por unanimidade.
Presente também na assembleia o diretor da CTB, Jerônimo Silva, que estava representando a deputada estadual Olívia Santana.