O dia 28 de abril foi declarado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho.
A escolha do dia 28 não foi por acaso. Foi justamente num dia 28 de abril, no ano de 1969, quando houve uma grande explosão numa mina de carvão, nos Estados Unidos, e vitimou 99 trabalhadores: 78 morreram e 21 foram resgatados. Um dos mais trágicos acidentes de trabalho ocorridos no mundo.
Para marcar a data, que neste ano cai num domingo, o SINTRACOM-BA vai estar presente, com o diretor de Saúde e Segurança, Arilson Ferreira e demais diretores, juntamente com representantes de diversas entidades do movimento sindical, no Seminário Panorama e Desafios para a Proteção da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que acontece no dia 24, das 14h às 18h, no auditório do MPT, no Corredor da Vitória, que será promovido pelo FORUMAT e Agenda Bahia do Trabalho Decente. As inscrições podem ser feitas no local e vai ter certificado. O acesso pode ser feito pelo QR Code.
O SINTRACOM-BA está na luta incessante por empregos, bons salários e direitos – mas não abre mão da segurança no trabalho. Por isso, em julho de 2011, lançou e leva aos canteiros de obras a campanha “Um Passo Pela Vida – Xô Acidentes de Trabalho na Construção – Ações Coletivas Já!“ juntamente com a FETRACOM-BASE e apoio da CTB, FLEMACON, CONTRICOM, DIEESE, FORUMAT, UBM, UITBB e FSM.
De acordo com o levantamento da OIT, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de mortes por acidentes de trabalho com aproximadamente 6 óbitos a cada 100 mil trabalhadores formais.
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2022, as indústrias, em geral, registram milhares de acidentes de trabalho por dia, mais de 700 mil no ano.
A construção civil está entre os setores com maior risco e um dos segmentos que mais registram acidentes de trabalho no Brasil, o primeiro do país em incapacidade permanente, o segundo em mortes (perde apenas para o transporte terrestre) e o quinto em afastamentos com mais de 15 dias.
Cerca de 5% dos acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil provocam incapacidade permanente. Boa parte dessas doenças é decorrente de acidentes graves e evitáveis, como quedas, choques elétricos, queimaduras, intoxicação e cortes, perfuração e até esmagamento de membros do corpo, principalmente as mãos.
Em 2022, foram registrados no Brasil 612,9 mil acidentes de trabalho, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do SmartLab – Observatório De Segurança e Saúde no Trabalho. Desse total, 34,6% foram notificados em São Paulo, seguido por Minas Gerais (10,8%) e Rio Grande do Sul (8,56%).
Entre as causas mais frequentes de acidentes de trabalho estão: máquinas e equipamentos (15%), quedas (13%) e veículos de transportes (12%).
A principal razão dos acidentes de trabalho é a falta de investimento. Não há na maioria das empresas programas de gestão de riscos, prevenção e treinamento para prevenir coletivamente.
Todos os acidentes e todas as doenças de trabalho devem ser notificados à empresa, à CIPA e ao Sindicato. As denúncias ajudar na recuperação do trabalhador (a) acidentado, a melhorar as condições gerais de trabalho e a prevenir outros acidentes.
Fontes: CTB, ANAMT, JusBrasil, OIT, Previdência Social, SmartLab.