Setor moveleiro fecha em alta

No primeiro semestre de 2016, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista registrou queda de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado, aponta a pesquisa do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), divulgada nesta quinta-feira.
– Este ano o INA começou mal, e esperamos que, ao contrário de 2015, o indicador dê uma estabilizada no segundo semestre. Como o ano passado foi péssimo, 2016 vai ser só ruim – acredita Paulo Francini, diretor do Depecon.
De acordo com o Depecon, em junho o resultado do INA foi positivo: alta de 0,8%, em comparação ao mês anterior na série livre de influências sazonais. O aumento foi alavancado, principalmente, pelo crescimento de 2,6% do Total de Vendas Reais. As Horas Trabalhadas na Produção e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) registraram alta de 0,2% e 0,3 ponto percentual (p.p), respectivamente.
Para Francini os dados da pesquisa mostram que o cenário está se acomodando.
– Faz muito tempo que não registramos um mês positivo; isso mostra que a queda contínua e crescente parou de existir, e sabemos que não há jeito de subir se não parar de cair.
A projeção para o INA é fechar 2016 com retração de cerca de 6%, depois de ter registrado -6,2% em 2015 e -6,0% em 2014
Em junho, o setor de móveis registrou alta de 0,4% no INA, se comparado com o mês anterior, sem os efeitos sazonais. A maior alta dentre as variáveis acompanhadas foi do Total de Vendas Reais, 1,6%, enquanto as horas trabalhadas na produção avançaram 0,3%, e o Nuci subiu 0,3 p.p.
No setor de veículos automotores, o crescimento do INA foi de 1,3% em junho sem os efeitos sazonais, se comparado com maio. No período, os resultados positivos do total de horas trabalhadas na produção, 2,4%, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), 0,4 p.p, contrastaram com a queda de 2,3% do total de vendas reais.
O INA do setor de celulose e papel registrou um crescimento de 0,9% em junho na comparação com o mês anterior, na série já dessazonalizada. As horas trabalhadas na produção tiveram alta de 0,8% e (Nuci) cresceu 2,0 p.p., já o total de vendas reais caiu 2,0%.
A pesquisa de julho fechou em 48,4 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 48,0 pontos de junho, mantendo-se abaixo dos 50,0 pontos, o que sinaliza queda das expectativas para a atividade industrial paulista no mês. Os destaques desta vez são para o indicador de investimentos, que passou de 48,0 pontos em junho para 50,8 no mês, o que indica aumento dos investimentos para julho, e estoque, que passou de 46,7 pontos em junho para 49,9 em julho. Neste caso, ao ficar muito próximo de 50 pontos, o indicador mostra que o nível de estoques está dentro do desejado pelos empresários industriais do estado.

Fonte: Monitor Mercantil

 

Clipping: Ajdaric


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Mery Bahia