RS: Colegas de Carazinho organizam a luta

O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e Mobiliário de Carazinho realizou na noite de terça-feira (2) uma assembleia com a categoria para discutir a jornada de trabalho. O evento ocorreu no salão do Sindicato dos Metalúrgicos de Carazinho. De acordo com o vice-presidente da entidade, Alex Teixeira, a ampliação da jornada para as manhãs de sábados gerou um descontentamento da categoria, que tem preferência em cumprir as 44 horas semanais trabalhando de segunda a sexta-feira. “Conversamos com a classe patronal e os empresários do ramo se mostraram favoráveis ao sistema de trabalho que encerrava as atividades laborais da semana na sexta-feira. O deslocamento, em trajetos mais longos, de um operário para trabalhar quatro horas acaba sendo prejudicial, para os dois lados,” salienta o líder sindical.
Conforme Alex, como no município se está praticando trabalho aos sábados sem a compensação estão surgindo ações cobrando hora extra da jornada deste dia da semana, quando há demissão do trabalhador. Alex adiantou que ainda este mês o assunto voltará a ser abordado juntamente com a classe empregadora. “Acredito que chegaremos a um entendimento”, completou.
Presente no ato, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário do Rio Grande do Sul, Aroldo Pinto da Silva Garcia, disse que uma solução para o impasse está sendo buscada. “Vamos conversar com o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira de Oliveira, para que possamos juntos resolvermos esta questão, pois há uma súmula vinculante no TST que trata da jornada de trabalho aos sábados, o que tem gerado ações trabalhistas,” comentou.
Também participou do encontro o secretário de administração da entidade, José Sirlon Oliveira Ribeiro.
Crítica sobre a reforma da Previdência
O sindicalista Norton Jubelli, que esteve em Carazinho na terça-feira (2), fez duras críticas a proposta do governo interino Michel Temer, que confirmou para este ano o encaminhamento ao Congresso Nacional do projeto de reforma da Previdência. “O sistema não é deficitário. O governo primeiro precisa explicar os motivos pelos quais retira da previdência 30% da arrecadação e joga no seu caixa único”, avalia Norton. Segundo o dirigente da UGT, o problema não está na iniciativa privada, pois os valores previdenciários são descontados na folha do trabalhador. Para ele, o governo antes de enviar projeto propondo aumento na idade mínima para as aposentadorias, deveria cobrar as grandes empresas sonegadoras da previdência. “Falta ainda transparência dos governos que não dizem quanto a União, Estados e Municípios dedem para o sistema previdenciário brasileiro. Ninguém sabe, ou não querem dizer o tamanho desta dívida pública com a previdência,” explicou Norton.
Fonte: Diário da Manhã (Passo Fundo RS)
Clipping: Ajdaric

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Mery Bahia