O presidente da CTB, Adilson Araújo, divulgou nota pública em que repudia a aprovação da Reforma Trabalhista, a PLC 38, na terça-feira, dia 11/07.
As centrais sindicais se reuniram nesta quinta-feira (13) e divulgaram nota conjunta em que reafirmam a unidade em torno da defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Adilson Araújo recebeu e recusou convite do presidente ilegítimo, Michel Temer, para participar da cerimônia de sanção da lei, que altera mais de cem artigos da CLT e impõe um retrocesso sem precedentes aos direitos da classe trabalhadora no Brasil.
Em outra nota pública, Adilson Araújo se posicionou sobre a condenação do ex-presidente Lula, pelo juiz Sérgio Moro.
Confira abaixo as notas:
Alguns pontos da resposta de Adilson Araújo a Temer:
- A aprovação da PLC38 é o maior golpe do capital contra os trabalhadores (as);
- Acaba com conquistas históricas e condena a classe trabalhadora à precarização e relações do trabalho análogo à escravidão;
- Permite insalubridade, com jornada de trabalho de 12 por 36 horas;
- Exposição das trabalhadoras gestantes e de lactantes a ambientes de risco;
- Trabalho intermitente de forma indiscriminada;
- Fracionamento do direito de férias, antes integral e de 30 dias, dentre outras perdas;
- Além disso, promove o desmonte da Justiça do Trabalho;
- E tenta destruir o movimento sindical.
Leia a Nota Pública da CTB sobre a votação no Senado, que aprovou a Reforma Trabalhista:
“A aprovação do PLC 38, nesta terça-feira (11), que rasga a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e acaba com conquistas históricas da classe trabalhadora, não ataca somente direitos, ela assalta e fere de morte a nação.
A Reforma Trabalhista aprovada ataca frontalmente nosso povo e mina qualquer projeto de retomada do crescimento que tenha por centro a geração de emprego, o respeito à saúde da classe trabalhadora, a distribuição de renda e o combate à pobreza no Brasil.
O golpe do capital contra o trabalho condena nosso povo a um tempo de escravidão e pobreza extrema. E tenta eliminar a luta secular dos explorados contra os exploradores.
Condenamos cada voto de senador e senadora que preferiu ficar contra o povo e contra a nação. Condenamos cada retrocesso existente nesta proposta.
O que ocorreu hoje no Senado com a truculência policial, a violência contra as mulheres, reflete o conteúdo retrógrado do projeto que os autores do golpe querem implantar. Mas, a luta não acabou.
A guerra contra a retirada dos direitos seguirá. E a CTB, mobilizada e resistente, ficará firme não só para defender cada direito, mas, sobretudo, para lembrar que a coragem e luta da classe trabalhadora não é de hoje. Ela foi construída com suor e sangue e sempre esteve na linha de frente em defesa da soberania, da nação e dos direitos do nosso povo.
Adilson Araújo
Presidente da CTB”
Leia a Nota Conjunta das Centrais Sindicais:
“Centrais reafirmam unidade na luta em defesa dos direitos
Reunidas nesta quinta-feira (13), as centrais sindicais (CTB, UGT, CUT, Nova Central, CSB e Força Sindical) avaliaram o cenário e os desafios postos com a sanção da chamada Reforma Trabalhista.
As centrais sindicais reiteram sua oposição à proposta sancionada pelo presidente Michel Temer. Seu caráter injusto e cruel não só acaba com direitos consagrados, como também impõe à classe trabalhadora uma realidade de precarização, com jornadas de trabalho de 12 por 36 horas; a exposição das mulheres gestantes e lactantes a ambiente de risco; o trabalho intermitente de forma indiscriminada; o fracionamento do direito de férias, antes integral e de 30 dias; entre muitas outras perdas.
Essa reforma também ataca frontalmente o movimento sindical, quebrando a espinha dorsal dos sindicatos, trincheira de resistência e que ao longo de décadas contribui para a construção de nossa democracia.
As centrais sindicais reafirmam sua unidade, resistência e luta em defesa da classe trabalhadora. Seguiremos mobilizadas e resistentes em defesa da democracia, da soberania, da nação e dos direitos do nosso povo.
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
Nova Central Sindical
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Alguns pontos da Nota sobre a condenação do ex-presidente Lula, pelo juiz Sérgio Moro:
Em um dia o Senado rasga a CLT, no outro, o primeiro presidente operário é condenado:
“A sentença deferida pelo Juiz Sergio Moro que condena o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos é um escândalo, seja pela ausência de provas, seja pelo circo que Moro armou para descredibilizar a maior liderança política desse país.
São perigosos os precedentes abertos por Moro. O golpe do capital contra o trabalho segue seu curso, já que em um dia o Senado rasga a CLT e no outro vemos o primeiro presidente operário ser condenado.
…
Externamos nossa solidariedade ao companheiro Lula e seguiremos na luta em defesa da democracia, da soberania e da liberdade. E consciente do nosso papel na história estamos firmes na resistência frente aos desafios postos nesta etapa da vida brasileira.”
Fonte: Portal CTB